Enquanto o desafio dos Gracies aos outros lutadores se espalhava pelo Rio, o público prestigiava cada vez mais estes combates. Como conseqüência começou a ser realizados em grandes estádios de futebol, onde multidões eram cada vez mais atraídas para assistir a estas lutas. Uma das primeiras destas lutas foi o desfio entre Hélio Gracie e
o campeão Brasileiro Peso Leve de Boxe Antônio Portugal. Apesar de mais novo, menor e muito mais leve, Hélio venceu o combate em menos de 30 segundos, elevando-se ao status de herói nacional.
Texto retirado do site www.danielgracie.com
Hélio Gracie já famoso continuava a fazer desafios e colecionar vitorias entre os anos 30 e anos 40 Hélio derrotou todos os adversários que surgiram em sua frente, especialmente mestre de outras lutas, acabando assim causando certo prejuízo social dentro do esporte, pois Hélio falava mal das outras lutas, dizendo que só o Jiu-Jitsu prestava.
A academia dos Gracies comandada pelo mestre Carlos Gracie e como professor Hélio Gracie, no futuro os instrutores Carlson Gracie, João Alberto Barreto,
Robson Gracie, Armando Vriedt e Helio Vigio também daria aulas. A sede ficava na Avenida Rio Branca. Tinha uma organização impecável e em mia, dois mil alunos.
O que chamava a atenção era o fato de haverem muitas aulas particulares e também de o aluno ao pagar a mensalidade ter direito ao Kimono que lhe era entregue no ato da matrícula, sendo lavado e entregue em todas as aulas num cesto, pelo roupeiro, mediante ao seu cartão de identificação, sem o qual o aluno não poderia freqüentar as aulas, inclusive ajudando no controle de pagamentos das mensalidades. Isso mostra o quanto eles levavam a sério o negócio.
E para não se confundir com o judô, não havia graduações de faixa. O aluno era faixa branca, o instrutor faixa azul escuro, e o mestre, azul clara. A infraestrutura era tão boa que ainda havia um segundo andar com fisioterapia e enfermaria para tratar eventuais contusões. Varias personalidades como o então futuro governador do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda e o presidente João Batista Figueiredo foram alunos da academia Gracie.
Hélio Gracie seguia sua rotina de vitorias e desafios, famosos e já um ídolo, era sempre reconhecido nas ruas. Os Vale-Tudo que participava eram muito violentos, não havia tempo nem interrupções
das lutas. Elas só terminavam com a desistência de um dos lutadores, ou seja, o esporte existia mais ainda não havia regras claras, nem organização, eram verdadeiras maratonas com duração de até quase 4 horas.